Para acompanhar o ritmo do mercado, é preciso ter Bossa

À medida que algumas economias apostaram no aumento dos juros para o controle da inflação, observamos que no cenário internacional a necessidade da contração do consumo esbarrou em desafios específicos na Europa, nos EUA e na China. Sinais claros da fragilidade do mercado imobiliário na zona do Euro deixaram os investidores mais apreensivos em relação às incertezas sobre os fundos imobiliários, que registraram um volume de saída maior do que o esperado. Já nas economias com grande participação dos setores de construção e imobiliário no PIB, como é o caso da China, houve uma movimentação recente para a necessidade de ampliar resoluções com o objetivo de afrouxar critérios de empréstimos para estes setores, na tentativa de aliviar as pressões sobre o crescimento da economia. No caso dos EUA, os preços dos imóveis foram influenciados pela subida dos juros com a queda da mediana dos valores das residências, desencorajando novos financiamentos, o que resultou num mercado ainda menos dinâmico no encerramento do segundo trimestre.

No cenário nacional, fatores como a atratividade dos juros altos, a variedade dos investimentos e a restrição ao crédito impactaram negativamente os indicadores de crescimento da construção civil, com maiores entraves no repasse dos aumentos dos insumos para a produção dos novos empreendimentos e no desenvolvimento mais diversificado dos produtos imobiliários.

Além disso, as consequências de um longo período de manutenção dos juros altos, como o crescimento do endividamento das famílias e a inadimplência das empresas, evidenciaram alguns dos efeitos indesejados e a inevitabilidade da revisão da taxa de juros básica (Selic), foi cada vez mais reforçada pelas crescentes pressões políticas e dos setores da indústria e do comércio.

Ao fim do segundo trimestre, a expectativa é que a revisão para baixo dos juros tenha um reflexo positivo no próximo período para os indicadores imobiliários e da construção civil, não apenas na melhora do ambiente de confiança empresarial e do consumidor, mas também com o aquecimento dos mercados que estavam preteridos desde 2022, refletindo um crescimento mais robusto a médio e longo prazo.

Para o alto padrão que manteve-se com demanda aquecida neste primeiro semestre e mostrou-se mais resiliente em comparação aos outros mercados, além de atender a uma demanda reprimida, o segmento exibiu boa liquidez e as novas unidades em lançamentos podem ter, ainda, um ritmo melhor com as novas perspectivas do cenário econômico.

Denise Ghiu

Chief Data Officer

Bossa Nova Sotheby's International Realty

Sobre o Snapshots

Esta é uma publicação pioneira sobre o mercado de casas de alto padrão que tem por objetivo oferecer aos nossos clientes e empresas do setor um cenário mais abrangente sobre os principais acontecimentos que podem ajudar a decisão do proprietário, do comprador e dos investidores através da viabilização dos dados e análises sintéticas sobre os negócios concretizados, anúncios, lançamentos e locação nos bairros mais nobres na cidade de São Paulo.

Boa leitura!